2020

Dra. Ester C. Sabino – UOL
A luta mundial contra o coronavírus já resultou em muitos avanços científicos. Alguns são muito visíveis, outros dão suporte essencial ao trabalho da força-tarefa que diariamente tenta salvar vidas. Mas cada informação adicional é preciosa e leva a respostas mais rápidas. Nas duas frentes, existe muito suor brasileiro.

Nossos cientistas se uniram para mapear e descobrir como o novo vírus agia, afetava o nosso corpo e se disseminava. Se uniram também para buscar remédios eficazes e a sonhada vacina. Oito meses após a primeira morte pela doença por aqui, os esforços seguem em ritmo intenso e os resultados já dão esperança —de que a pandemia vai ser superada logo e de que a ciência brasileira merece muitos aplausos.

Conheça a seguir dez pesquisadores e suas contribuições para este momento tão importante da nossa história (não deixe de ler mais sobre cada um clicando no link!). Eles foram escolhidos por Tilt e pelos próprios colegas por seus trabalhos durante a pandemia. Veja a matéria completa em:
https://www.uol.com.br/tilt/reportagens-especiais/conheca-os-cientistas-que-estao-revolucionando-o-combate-ao-coronavirus

Bruna Souza Cruz
De Tilt, em São Paulo
07/12/2020 04h00

Logo no começo da pandemia, quando ninguém sabia com precisão o que estava acontecendo, com o que estávamos lidando, para onde tínhamos de olhar ou como deveríamos reagir, um grupo de mulheres brasileira saiu na frente e trouxe respostas importantíssimas —para nós e para o mundo.

O sequenciamento genético do novo coronavírus realizado no Brasil aconteceu no tempo recorde de 48 horas, e ganhou destaque por usar uma metodologia de baixo custo. As responsáveis foram as pesquisadoras do IMT (Instituto de Medicina Tropical) da USP (Universidade de São Paulo), coordenadas pela médica Ester Sabino.

Veja a matéria completa aqui:
https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/12/07/ester-sabino-sequenciou-o-genoma-do-novo-coronavirus-em-tempo-recorde.htm


Dr. Expedito J. A. Luna – Canal USP
Participação do Prof. Expedito José de Albuquerque Luna, Departamento de Medicina Preventiva da FM da USP e do laboratório de Epidemiologia do IMT, no evento: Vacinas e Covid19: Uma visão multidisciplinar, exibido no Canal da USP, em 14 de dezembro de 2020.
Link do evento: https://youtu.be/zGuZxmiB0n8


Mesmo com 76% de infectados, epidemia em Manaus não acabou

Estudo liderado por pesquisadores da USP mostra o que pode acontecer em outras capitais brasileiras se a propagação do vírus não for contida

08/12/2020
Por Herton Escobar
Arte: Camila Paim /Jornal da USP

Que a experiência de Manaus sirva de exemplo para outros centros urbanos: sem as devidas precauções, o novo coronavírus pode infectar rapidamente quase que toda a população de uma cidade; e o problema não acaba quando se atinge uma suposta imunidade de rebanho — apenas diminui de intensidade. Na capital do Amazonas, uma das mais castigadas pelo vírus, 76% das pessoas foram infectadas pelo SARS-CoV-2 entre março e outubro, segundo um estudo publicado hoje na revista Science, liderado por pesquisadores da USP.

E a pandemia ainda está longe de terminar por lá, com 9,5 mil novos casos reportados do início de novembro até agora.

Na capital paulista, comparativamente, essa taxa de infecção — ou taxa de ataque, como também dizem os epidemiologistas — foi de “apenas” 29% no mesmo período (março a outubro), segundo os pesquisadores. “Manaus é um exemplo do que ainda pode acontecer em outras capitais”, diz a professora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical e da Faculdade de Medicina da USP, que lidera o estudo. A análise foi feita de forma retroativa, usando amostras de sangue estocadas em bancos de sangue das duas capitais. “Estamos muito longe de uma situação em que o número de infectados seja suficiente para conter o avanço da pandemia”, diz a pesquisadora ao Jornal da USP.

Veja a matéria completa em:
https://jornal.usp.br/ciencias/mesmo-com-76-de-infectados-epidemia-em-manaus-nao-acabou/


Novo Portal de Serviços Computacionais integra todos os sistemas da USP
Sistema foi lançado oficialmente no dia 27 de outubro em cerimônia virtual que contou com a presença de dirigentes da Universidade

Por Adriana Cruz

Uma cerimônia virtual, promovida pela Superintendência de Tecnologia de Informação (STI), marcou o lançamento do novo Portal de Serviços Computacionais da USP e a comemoração dos 55 anos da área de TI na Universidade. O evento foi transmitido da Sala do Conselho Universitário, atendendo às normas sanitárias, e contou com a participação remota de dirigentes da Universidade, docentes, servidores técnicos e administrativos e alunos.

Veja mais em:
https://jornal.usp.br/institucional/novo-portal-de-servicos-computacionais-da-usp-integra-todos-os-sistemas-da-usp/


O efeito rebanho e a nova alta da covid-19 em Manaus

Estudo a partir de amostras de sangue doado sugere que a capital do Amazonas teria alcançado a imunidade de rebanho. Mas uma nova onda de contágios na cidade parece contradizer essa tese.

Metrópole de 2 milhões de habitantes, Manaus foi atingida em abril e maio de forma particularmente dura pela covid-19. Imagens de enterros em massa e de hospitais superlotados rodaram o mundo. Os números oficiais até agora indicam cerca de 50 mil infectados e 2,5 mil mortos na cidade.

Como muitos dos que morreram em casa foram enterrados sem serem testados, é provável que tenha havido um grande número de casos não registrados. Só na primeira semana de maio, morreram 4,5 vezes mais pessoas na cidade do que o habitual, o que dá uma ideia da rapidez com que o vírus se disseminou. Após esse pico, entretanto, os casos diminuíram rapidamente. O que aconteceu?

Uma análise feita sob a direção da cientista Ester Cerdeira Sabino, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), concluiu que Manaus havia atingido um grau de infecção tão alto pelo coronavírus Sars-Cov-2, causador da covid-19, que é possível se falar em imunidade de rebanho. Isso explicaria por que o número de casos caiu tão rapidamente em junho.

Estudo baseado em sangue doado
A equipe examinou amostras de sangue de doações realizadas entre fevereiro e agosto pela Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam). Em cada mês, eram disponibilizadas entre 800 e 1.100 amostras.

Veja mais em:
https://www.dw.com/pt-br/o-efeito-rebanho-e-a-nova-alta-da-covid-19-em-manaus/a-55173103


COVID RECUA NO PAÍS, MAS É CEDO PARA CRAVAR DECLÍNIO, DIZEM ESPECIALISTAS

Por ora, números permitem apenas falar em estabilidade com tendência de queda em mortes e casos

Por Anaïs Fernandes — De São Paulo 04/09/2020 05h01 · Atualizado há 8 horas.

A redução nos números gerais da covid-19 no Brasil nas últimas semanas é notória, mas especialistas avaliam que ainda é cedo para cravar que o país tenha entrado em nova fase, de arrefecimento da pandemia, e preferem encarar a situação como estável, com tendência de queda de mortes e casos. Eles ponderam que oscilações nos dados ocorrem e que diferenças regionais importantes persistem.

A semana encerrada ontem registrou 858 mortes por dia, em média, número 13% inferior aos dados em 14 dias. A média móvel de casos foi de 40.237, alta de 9% em relação à semana móvel anterior, mas, desde agosto, a tendência é de queda. Os dados são apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de Saúde (ver texto Média de mortes em sete dias fica em 858, em queda de 13%).

Christovam Barcellos, coordenador do MonitoraCovid-19, sistema integrado de dados da Fiocruz, afirma que agosto apresenta “sinais de queda”, mas ele é cauteloso. Barcellos pondera que existe certo ruído nos números não só em relação ao volume (e à subnotificação), mas também ao momento em que eles são contabilizados. Alguns Estados divulgam os casos pela data em que as ocorrências são registradas – assim como o Ministério da Saúde e a Fiocruz -, mas outros atribuem as informações à data do “evento”. A desvantagem, diz Barcellos, é que números das semanas recentes sempre parecem menores, já que há atrasos entre os primeiros sintomas e a confirmação da doença. “Isso não altera muito a quantidade de casos, mas muda o formato da curva e afeta um pouco a análise de tendências.”

Veja a matéria em (para assinantes):
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/09/04/covid-recua-no-pais-mas-e-cedo-para-cravar-declinio-dizem-especialistas.ghtml


IMT e a Rede GABRIEL – The Mérieux Fondation

Um novo membro entrou para a rede GABRIEL em 2019: o Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMT-SP)
Universidade de São Paulo. Esta instituição trará novas expertises para a rede e vai ajudar a fortalecer o Rodolphe Merieux Atividades de pesquisa de laboratório sediadas em Rio Branco, no estado do Acre, Brasil.

Instituto paulista de Medicina Tropical (IMT-SP), um Instituto Especializado da Universidade de São Paulo, está dividido em diferentes laboratórios com pessoal especializado, dedicado à pesquisa e ao ensino em áreas relacionadas a doenças tropicais.

Além disso, através de sua ligação com o Hospital das Clínicas (HC-FMUSP), o maior hospital público na América Latina, o IMT-SP desenvolve pesquisa colaborativa com grupos neste hospital. IMT-SP opera sete laboratórios especializados nos estudos de parasitas, bactérias, vírus e fungos, como bem como na genética dos microrganismos, imunologia, e saúde pública.

Para maiores informações veja o anexo e acesse o site:
https://www.gabriel-network.org/laboratoires/institut-de-medecine-tropicale-imt-sp-de-luniversite-de-sao-paulo-bresil/


“Bolhas” de proteção local podem ter freado covid-19 em São Paulo, aponta pesquisa Existência de locais onde infectados estão rodeados de pessoas imunes e esgotamento de redes de contágio podem explicar recuo da covid-19 na capital paulista

Por Júlio Bernardes

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Estudo com participação do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo e da Faculdade de Medicina da USP mostra que diminuição do número de casos de covid-19 na cidade de São Paulo pode estar ligada à formação de bolhas de proteção local, onde infectados estão rodeados de pessoas imunes, ao mesmo tempo em que esgotaram as redes de contágio – Foto: Pixabay

Em julho, depois de quatro meses de epidemia de covid-19 na cidade de São Paulo, teve início uma fase de relaxamento das medidas de distanciamento social, trazendo o temor de piora da situação. No entanto, o que aconteceu foi uma redução do número de casos, mortes e de ocupação de leitos. Para entender essa situação, uma pesquisa com participação do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMTSP) e da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) usou um modelo que simula a disseminação da doença a partir dos números oficiais de distanciamento social. O estudo, publicado como pré-print (versão prévia de artigo científico, sujeita a verificação), concluiu que a diminuição pode ser causada pela formação de bolhas de proteção local, onde os infectados estão rodeados de pessoas imunes, ao mesmo tempo em que se esgotam as redes de contágio.

A pesquisa usou um modelo desenvolvido pelo Ação Covid-19, um grupo interdisciplinar que estuda como a desigualdade afeta a evolução da pandemia no Brasil, reunindo pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC) e de outras instituições. O modelo combina o cronograma oficial da taxa de distanciamento social divulgado pelo governo do Estado de São Paulo com a hipótese de redução da taxa de distanciamento social para 20% em média em 100 dias, a partir de 12 de julho.

“A curva epidêmica média após 238 dias de simulação, contados desde o primeiro caso da doença, registrado em 25 de fevereiro, mostra uma taxa de 12,71% de infectados e 0,12% de mortes, ou seja, 0,9% de letalidade”, afirma Gerusa Maria Figueiredo, pesquisadora do IMTSP, que participou do trabalho. “A simulação mostra a curva de transmissão diminuindo, mesmo com uma redução drástica do isolamento social, com um aumento leve e temporário a partir do 150º dia.”

Veja mais em:
jornal.usp.br/ciencias/bolhas-de-protecao-local-podem-ter-freado-covid-19-em-sao-paulo-aponta-pesquisa/


Por que uma nova pandemia nos próximos anos é praticamente inevitável

Evanildo da SilveiraDe Vera Cruz (RS) para a BBC News Brasil

Para a virologista Camila Malta Romano, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, da Universidade de São Paulo (USP), a pandemia de covid-19 está longe de ser a última do planeta.

“É apenas uma questão de ‘quando’ e não de ‘se’ a próxima vai surgir”, diz. “Esses surtos, embora menos comuns do que epidemias, ocorrem de vez em quando e temos exemplos passados de situações esporádicas como a peste bubônica e mais de uma de influenza (gripe espanhola, asiática, suína).”

Veja a matéria em:
www.bbc.com/portuguese/geral-53758807


Cada pessoa infectada com Covid-19 transmitiu doença para outras 3 nos primeiros meses da epidemia no Brasil, mostra estudo

Pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) em uma revista do grupo ‘Nature’, um dos mais importantes do mundo, descreve as características epidemiológicas da doença no país. Mais de 90 mil pessoas morreram pela infecção em solo brasileiro.

Por Lara Pinheiro, G1
31/07/2020

Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) na revista científica”Nature Human Behaviour”, do grupo “Nature”, um dos mais importantes no mundo, mostra que, entre 25 de fevereiro e 31 de maio, cada pessoa infectada com a Covid-19 no Brasil infectou, em média, outras três com a doença.

O estudo descreve as características epidemiológicas da doença no país, onde mais de 90 mil pessoas já morreram por causa da infecção. A pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, da Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres.

Veja a matéria completa em: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/31/cada-pessoa-infectada-com-covid-19-transmitiu-doenca-para-outras-3-nos-primeiros-meses-da-epidemia-no-brasil-mostra-estudo-na-nature.ghtml


Isolamento social no Brasil reduziu transmissão do coronavírus pela metade, diz estudo na Science
Mesmo adotado depois que vírus se espalhou, isolamento foi capaz de diminuir taxa de transmissão de 3 para 1,6 contaminados por pessoa infectada. Liderada por brasileiros, pesquisa mostra como é possível reconstruir a evolução da epidemia no Brasil a partir do genoma do vírus

24/07/2020
Por Júlio Bernardes

As medidas de isolamento social implantadas no Brasil a partir de março conseguiram reduzir pela metade a taxa de transmissão do coronavírus, revela estudo internacional liderado por pesquisadores brasileiros. A partir de análises genéticas, epidemiológicas e de dados de mobilidade humana, os pesquisadores concluíram que houve mais de 100 entradas do vírus, originárias principalmente da Europa. No entanto, apenas três dessas entradas deram início à cadeia de transmissão do vírus no Brasil, entre o final de fevereiro e o começo de março. O isolamento social, apesar de adotado depois que o vírus se espalhou, diminuiu a taxa de transmissão de 3 para 1,6 contaminados por pessoa infectada. O estudo foi coordenado pelo Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE).

As conclusões do trabalho são relatadas em artigo publicado em 23 de julho na revista Science. De acordo com a professora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMT) da USP, uma das pesquisadoras que participou da elaboração do artigo, o estudo é uma continuidade do primeiro sequenciamento genético do coronavírus no Brasil, realizado em fevereiro deste ano pelo IMT, em parceria com o Instituto Adolfo Lutz e a Universidade de Oxford, no Reino Unido. “É um trabalho de vigilância contínua, para verificar como o vírus está evoluindo e a sua dispersão, a partir de amostras coletadas desde março até o final de abril”, explica. O pesquisador Darlan Cândido, da Universidade de Oxford, primeiro autor do artigo, aponta que a partir do genoma do vírus é possível reconstruir a história da epidemia no Brasil. “A análise permite fazer isso tanto no tempo quanto no espaço, ou seja, quando o vírus chegou e onde se espalhou.”

Veja a matéria completa em: https://jornal.usp.br/ciencias/isolamento-social-no-brasil-reduziu-transmissao-do-coronavirus-pela-metade-diz-estudo-na-science/


Cada pessoa infectada com Covid-19 transmitiu doença para outras 3 nos primeiros meses da epidemia no Brasil, mostra estudo

Pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) em uma revista do grupo ‘Nature’, um dos mais importantes do mundo, descreve as características epidemiológicas da doença no país. Mais de 90 mil pessoas morreram pela infecção em solo brasileiro.

Por Lara Pinheiro, G1
31/07/2020

Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) na revista científica”Nature Human Behaviour”, do grupo “Nature”, um dos mais importantes no mundo, mostra que, entre 25 de fevereiro e 31 de maio, cada pessoa infectada com a Covid-19 no Brasil infectou, em média, outras três com a doença.

O estudo descreve as características epidemiológicas da doença no país, onde mais de 90 mil pessoas já morreram por causa da infecção. A pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, da Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres.

Veja a matéria completa em: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/31/cada-pessoa-infectada-com-covid-19-transmitiu-doenca-para-outras-3-nos-primeiros-meses-da-epidemia-no-brasil-mostra-estudo-na-nature.ghtml


Não existe a profissão de cientista no Brasil
‘Não existe a profissão de cientista no Brasil’, diz Jaqueline Góes, que mapeou genomas do coronavírus. Biomédica que lidera equipe de pesquisa na USP diz ao HuffPost que otimismo inicial passou e lamenta falta de investimento do atual governo na ciência.

By Marcella Fernandes

13/06/2020 02:00 -03 | Atualizado 13/06/2020 02:00 -03

Mais de 3 meses após sua equipe sequenciar o genoma do novo coronavírus no Brasil, a biomédica Jaqueline Góes, 30 anos, vê com menos otimismo uma possível guinada para a valorização da ciência no País. A cientista reconhece avanços – especialmente em relação à representatividade de mulheres negras no meio científico –, mas alerta para os efeitos a longo prazo do apagão das pesquisas brasileiras.

Em entrevista por telefone ao HuffPost, Góes afirmou que as condições de trabalho afastam muitos profissionais dos laboratórios. “Para quem não é concursado nessas instituições [de pesquisa] ou universidades, os salários não são compatíveis. A gente não tem carteira assinada. Não existe a profissão de cientista no Brasil. A gente faz pesquisa dentro de um projeto que tem uma bolsa a oferecer. Quando aquele projeto termina, você tem que procurar outro que também tenha bolsa para você continuar tendo remuneração. E as bolsas não são compatíveis com a atividade que a gente exerce”, afirma.

A pesquisadora soteropolitana ressalta a importância do Ciência sem Fronteiras, criado no governo de Dilma Rousseff, em sua formação. O programa permitiu que ela fizesse doutorado-sanduíche na Inglaterra. Lá, ela se especializou na técnica usada para mapear o genoma do Sars-CoV-2 em fevereiro. “Existiu muito investimento em mim para que hoje eu pudesse me destacar dessa forma”, conta.

Veja a matéria em:
https://www.huffpostbrasil.com/entry/jaqueline-goes-coronavirus-ciencia_br_5ee41137c5b6db4970739268


Isolamento social foi vital no início da pandemia

Ester Sabino explica que aplicação de medidas de restrição em alguns locais, logo no início da crise, achatou a curva de crescimento de infectados

A forma de transmissão do coronavírus não é a mesma do início da pandemia, se compararmos com as características epidemiológicas neste momento no País. No começo, pessoas vindas da Itália e dos Estados Unidos foram aqueles que trouxeram a doença para o Brasil, logo, o vírus só era encontrado em pessoas que haviam viajado ou que tinham tido contato com alguém que havia viajado.

Em entrevista  ao Jornal da USP no Ar, a professora Ester Sabino, pesquisadora e diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo, comentou que praticamente metade dos casos confirmados no Brasil até a ultima semana (4 a 8 de maio) ainda era, de certa forma, relacionada aos tipos de exposição citados acima.

 A professora explica que, com o passar do tempo, a própria casa e o trabalho foram elementos que ocasionaram o alastramento da doença e, em quantidade menor, pessoas que foram aos hospitais. A falta de testes foi um dos aspectos notados durante a primeira fase, quando o número de infectados era menor e a quantidade de testes era suficiente, em geral realizado na rede privada de saúde. A partir do momento em que a doença se alastrou, a quantidade disponibilizada não foi suficiente. Atualmente, é um dos principais desafios para conter o avanço da covid-19.

Veja a entrevista em: https://jornal.usp.br/atualidades/isolamento-social-foi-vital-no-inicio-da-pandemia/


CIÊNCIA GANHA CREDIBILIDADE – ECOA

Publicado em 15 de maio de 2020

Viemos de um momento muito bom para a ciência, com investimentos altos de governos anteriores. Fui fruto disso. Pude me especializar e estudar fora com o Ciência sem Fronteiras. Quando saí do Brasil vi a facilidade de estudar ciência em outros lugares. Na Inglaterra, se um reagente acaba, você pega um novo e continua sua pesquisa. Aqui, você espera 45 dias para ter outro no estoque. Nesse tempo dá para escrever um artigo sobre o estudo.

Tenho esperança de que no pós-pandemia essa realidade mude mas, infelizmente, não no atual governo. Nesse governo a ciência sofre ataques sérios. Pesquisadores que estavam saindo do mestrado e entrando no doutorado tiveram a vida profissional interrompida por causa de bolsas cortadas. Estamos sentindo as consequências desses erros, perdemos muito em conhecimento. Pensando nos ataques que mulheres, negros e nordestinos sofreram, ao me destacar como uma cientista que ajudou a decodificar rapidamente o genoma do coronavírus, eu evoco muitas representatividades. Sou mulher, preta e nordestina.

As mulheres também saem valorizadas no pós-crise. Não somos maioria na ciência, mas o papel feminino tem crescido, ganhado reconhecimento e visibilidade. Embora ainda haja muito preconceito na academia, nossa equipe é liderada por uma mulher. Ela promove todos que fazem parte do time. Isso tem a ver com reconhecimento e justiça.

Veja mais em:

https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/o-mundo-pos-covid-19-3—ciencia-e-saude-por-jaqueline-goes-de-jesus/#tematico-3


A pandemia de covid-19 teve origem no contato humano com morcegos ou pangolins, acredita a professora da Universidade de São Paulo (USP) Ester Sabino.

Responsável pela equipe que realizou o primeiro sequenciamento genético do coronavírus no Brasil, no tempo recorde de 48 horas, a pesquisadora está na linha de frente de um trabalho que busca compreender o vírus para, a partir das informações sobre seus códigos internos e sua capacidade de mutação — que fez com que ele alcançasse os seres humanos —, ajudar a derrotá-lo.

– É um trabalho de formiguinha – ela descreve, acrescentando que cientistas de todo o mundo estão, neste momento, realizando um esforço colaborativo contra a doença.

A entrevista de Ester Sabino integra a série multimídia As Respostas da Ciência, que vai ao ar todas as terças e quintas-feiras no programa Gaúcha+, na Rádio Gaúcha, e, às quartas e sextas-feiras, em GaúchaZH. Na série, cientistas descrevem suas descobertas na busca por cura e prevenção do vírus que provocou a atual pandemia.

Veja a entrevista em:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/as-respostas-da-ciencia/


‘Coronavírus que circula no país veio da Itália’, diz líder do time que sequenciou genoma do vírus

Biomédica Jaqueline de Jesus ainda fala das mutações do causador da Covid-19 e da falta de apoio à Ciência.

Stevens Standke
27.04.20

Pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo (USP), pós-doutoranda dessa instituição pública de ensino e bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a biomédica Jaqueline Goes de Jesus ganhou projeção nacional ao liderar, junto com a professora Ester Sabino, diretora do IMT, a equipe que sequenciou o genoma do coronavírus no Brasil, no tempo recorde de 48 horas – enquanto, ao redor do mundo, os cientistas costumam demorar, em média, duas semanas.

Na entrevista a seguir, a baiana de 30 anos explica como isso foi possível, faz importantes observações sobre o coronavírus e chama atenção para o descaso e para a falta de incentivo que a maioria dos pesquisadores enfrenta diariamente no país.

Veja mais em:
https://www.atribuna.com.br/variedades/atrevista/coronavírus-que-circula-no-país-veio-da-itália-diz-líder-do-time-que-sequenciou-genoma-do-vírus-1.98733


Instituto de Medicina Tropical inicia testagem domiciliar de covid-19 em São Caetano

A iniciativa é fruto de parceria com a Prefeitura do município e, segundo Cassia Mendes Correa, até o momento, já foram realizados 200 testes na cidade – cerca de 10% deram positivo para a doença.

Veja mais em:
https://jornal.usp.br/?p=314769


Cientista que sequenciou o novo coronavírus participa de Live

Jaqueline Góes participa de debate online no Instagram da UNINASSAU

Assessoria de Comunicação Por: Paulo Feijó 14/04/2020 – 18:28

O Brasil esteve nas principais manchetes do mundo no início do ano por se tornar o país onde se obteve mais rapidamente o sequenciamento do genoma do novo coronavírus. A descoberta foi feita por uma equipe do Instituto Medicina Tropical, de São Paulo, e a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife receberá a coordenadora da equipe de cientistas, Jaqueline Goes, para um debate on-line.

A pesquisadora participa, nesta quarta-feira (15), de uma Live junto com o professor e coordenador de pesquisa e extensão da UNINASSAU Recife, Thiago Araújo. A palestra, que irá abordar a “Análise Genômica do novo Coronavírus”, tem como objetivo destacar a importância da descoberta brasileira e como ela pode ajudar na busca por um tratamento eficaz da doença.

“Ficamos honrados em bater um papo, aberto ao público, com uma cientista como a Jaqueline. Será uma grande oportunidade para que possamos aprender um pouco mais sobre o vírus e sobre as pesquisas desenvolvidas não só para o novo coronavírus, mas também para diversas outras doenças”, explica, Thiago Araújo.

A Live será aberta ao público. Para acompanhar, os interessados podem acessar o perfil oficial da UNINASSAU (@uninassau) no Instagram, a partir das 21h.

Sobre Jaqueline Góes:

Pesquisadora formada em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina, mestre em Biotecnologia em Saúde pelo Instituto Gonçalo Moniz, da Fiocruz, e doutora em Patologia Humana e Experimental pela Universidade Federal da Bahia, Jaqueline coordenou a equipe que sequenciou o genoma do Coronavírus COVID-19 no primeiro caso detectado no Brasil. A descoberta colocou o país em destaque, por ter acontecido em apenas 48 horas, já que pesquisas como esta costumam durar cerca de 15 dias.

Veja mais em:
https://www.uninassau.edu.br/noticias/cientista-que-sequenciou-o-novo-coronavirus-participa-de-live


Stereo Falante

Entrevista da Dra. Lúcia Maria Almeida Braz, pesquisadora do Laboratório de Soroepidemiologia do IMT ao programa Stereo Falante na plataforma Deezer, no dia 19/03/2020, sobre a situação das mulheres pesquisadoras no Brasil.

Veja mais em:
https://www.deezer.com/br/show/60165


Coronavírus: São Caetano inicia Programa de Testagem Domiciliar

Em estratégia de contenção da transmissão do coronavírus, a Prefeitura de São Caetano do Sul inicia nesta segunda-feira (6/4) o programa de testagem domiciliar, aberto exclusivamente aos moradores com sintomas de gripe (febre, tosse, coriza, etc).

A iniciativa é uma parceria com o curso de Medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) e com o Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) – a General Motors do Brasil emprestou 18 carros para a Prefeitura utilizar no programa.

Antes de receber o kit para a auto coleta em casa, o morador deverá registrar os seus dados pessoais e informar os sintomas a qualquer hora no hotsite coronasaocaetano.org ou pelo Disque Coronavírus (0800 774 4002), que funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, das 8h às 12h.

Veja mais em:
http://www.saocaetanodigital.com.br/coronavirus-sao-caetano-inicia-programa-de-testagem-domiciliar


Programa Bem Estar

O Laboratório de Bacteriologia do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP recebeu o programa Bem Estar da Rede Globo, para demonstração de utilização de técnicas laboratoriais para desinfectar e reutilizar o material de uso dos pesquisadores, como máscaras de proteção facial, N95 e cirúrgicas, para essa escassez de equipamentos e insumos hospitalares.

Veja o vídeo:

Veja o programa completo em:


54,8% de todos os casos importados até o dia 5 de março foram de viajantes infectados na Itália, seguidos por passageiros vindos da China (9,3%) e da França (8,3%)

A Itália foi a principal origem dos primeiros viajantes infectados pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que chegaram ao Brasil entre fevereiro e o início de março deste ano – período que marca o começo da epidemia de COVID-19 no país. A constatação foi feita por pesquisadores brasileiros, em colaboração com colegas do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

“Ao contrário da China e de outros países, onde o surto de COVID-19 começou devagar, com um número pequeno de casos inicialmente, no Brasil mais de 300 pessoas começaram a epidemia, em sua maioria vindas da Itália. Isso resultou em uma disseminação muito rápida do vírus”, Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e uma das autoras do estudo.

Veja mais em:
http://agencia.fapesp.br/548-dos-casos-importados-de-covid-19-para-o-brasil-ate-5-de-marco-vieram-da-italia/32826/


Grupo de trabalho da USP sistematizará ações e pesquisas sobre coronavírus

O grupo também elaborará propostas que serão apresentadas à Secretaria Estadual da Saúde

Por Erika Yamamoto

A USP criou um grupo de trabalho para sistematizar as diversas ações e pesquisas desenvolvidas pela Universidade para entender e combater o coronavírus (covid-19).

Coordenado pelo professor Esper Georges Kallas (Faculdade de Medicina), o grupo é composto dos professores Anna Sara Shafferman Levin (FM), Eurico de Arruda Neto (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), Marcos Silveira Buckeridge (Instituto de Biociências), Luís Carlos de Souza Ferreira (Instituto de Ciências Biomédicas), Ester Cerdeira Sabino (FM) e Benedito Antonio Lopes da Fonseca (FMRP).

Veja mais em:
https://jornal.usp.br/institucional/grupo-de-trabalho-da-usp-sistematizara-acoes-e-pesquisas-sobre-coronavirus/


Pesquisa do IMTSP-USP com Adolfo Lutz e Oxford é destaque mundial por rapidez recorde no sequenciamento do novo coronavírus que chegou ao Brasil. Dados podem ajudar a entender como vírus se espalha, aprimorar diagnóstico e desenvolver uma vacina

Uma análise preliminar da sequência já está disponível online, enquanto outros países levam em média 15 dias para isso. O dados mostram que a cepa encontrada no país se aproxima de patógeno transmitido na Alemanha.

Por Karina Toledo / Agência FAPESP
Apenas dois dias após o primeiro caso de coronavírus da América Latina ter sido confirmado na capital paulista, pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e das universidades de São Paulo (USP) e de Oxford (Reino Unido) publicaram a sequência completa do genoma viral, que recebeu o nome de SARS-CoV-2.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28/02) no site Virological.org, um fórum de discussão e compartilhamento de dados entre virologistas, epidemiologistas e especialistas em saúde pública. Além de ajudar a entender como o vírus está se dispersando pelo mundo, esse tipo de informação é útil para o desenvolvimento de vacinas e testes diagnósticos.

“Ao sequenciar o genoma do vírus, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia. Sabemos que o único caso confirmado no Brasil veio da Itália, contudo, os italianos ainda não sabem a origem do surto na região da Lombardia, pois ainda não fizeram o sequenciamento de suas amostras. Não têm ideia de quem é o paciente zero e não sabem se ele veio diretamente da China ou passou por outro país antes”, disse Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP.

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https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/tecnologia-que-sequenciou-coronavirus-em-48-horas-permitira-monitorar-epidemia-em-tempo-real/


As brasileiras que lideraram o sequenciamento do novo coronavírus

covid-19
Ester Cerdeira Sabino (à esq.) e Jaqueline Goes de Jesus fazem parte da equipe que fez o sequenciamento do sequenciamento do genoma do novo coronavírus, que teve casos confirmados no Brasil em fevereiro (Foto: USP Imagens; Currículo Lattes)

Equipe conseguiu divulgar sequência completa do genoma viral apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil; estudo ajudará no desenvolvimento de vacinas

Redação Galileu
01 Mar 2020 – 11h10 Atualizado em 01 Mar 2020 – 17h38

Duas cientistas brasileiras tiveram papel essencial no sequenciamento do novo coronavírus, que teve primeiro caso na América Latina confirmado em 26 de fevereiro. Publicado em uma rapidez surpreendente – apenas dois dias após a verificação do primeiro paciente com a doença no Brasil –, o estudo que elas conduziram ao lado de outros pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz (IAL), da Universidade de Oxford e do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) ajudará epidemiologistas, virologistas e especialistas em saúde pública a desenvolverem vacinas e testes diagnósticos.

Uma das pesquisadoras envolvidas no estudo é Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP e coordenadora do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), que é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp) e pelos britânicos Medical Research Council e Fundo Newton. A intenção do CADDE é reunir cientistas para realizar estudos em tempo real de epidemias de arboviroses, como é o caso da zika e da dengue. “A proposta é realmente ajudar os serviços de saúde e não apenas publicar as informações meses depois que o problema ocorreu”, explicou Sabino à Agência FAPESP.

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https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/03/brasileiras-que-lideraram-o-sequenciamento-do-novo-coronavirus.html

Claudia Gonçalves, Jaqueline Goes e Claudio Sacchi, parte da equipe brasileira que conseguiu sequenciar genoma de coronavírus em aproximadamente 48 horas após confirmação de diagnóstico

Os bastidores e resultados da corrida de cientistas brasileiros para sequenciar coronavírus em tempo recorde
Mariana Alvim – @marianaalvim Da BBC News Brasil em São Paulo

29 fevereiro 2020
Na terça-feira de carnaval, enquanto foliões pulavam pelas ruas e músicos esquentavam a percussão por todo o país, um grupo de cientistas brasileiros se apressou para um outro tipo de agito.

Diante da notícia de que um caso suspeito de infecção por coronavírus em solo brasileiro poderia ser confirmado em breve, pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP), ambas instituições públicas sediadas em São Paulo, correram contra o tempo para preparar equipamentos e laboratório com o objetivo de sequenciar o genoma do vírus coletado em paciente internado na capital paulista. O diagnóstico do homem de 61 anos foi confirmado na quarta-feira (26).

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Além do medo, Itália enfrenta uso político do coronavírus
“Em média, os países estão conseguindo fazer o sequenciamento em 15 dias. Queríamos fazer em 24 horas, bater o recorde, mas não funcionou tudo (no processo). Fizemos em 48 horas, como o Instituto Pasteur (na França)”, contou à BBC News Brasil Ester Cerdeira Sabino, pesquisadora e professora do IMT-USP.

“Nas epidemias anteriores, como da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) ou da Respiratória do Oriente Médio (Mers), você até sequenciava (o vírus), mas só tinha o dado alguns meses depois. Hoje, estamos conseguindo fazer o sequenciamento em tempo real, enquanto a epidemia acontece”, aponta, atribuindo a rapidez a um barateamento e maior conhecimento das técnicas.

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https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51685638?at_medium=custom7&at_custom1=%5Bpost+type%5D&at_custom4=A65124BA-5ADD-11EA-A5B5-A0E1923C408C&at_custom2=facebook_page&at_custom3=BBC+Brasil&at_campaign=64&fbclid=IwAR3kUUZ-joV798bP8rcOXBYmblpnpEfGj5AxMHFUmQQm1L-9WeVl326hzP8


Genoma do SARS-CoV-2 do primeiro caso de COVID-19 da América Latina sequenciado em 48 horas no Instituto Adolfo Lutz

O Instituto Adolfo Lutz, em conjunto com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e com a Universidade de Oxford, completou hoje o sequenciamento do primeiro caso de coronavírus da América Latina, apenas 2 dias após o caso ter sido confirmado. Os pesquisadores fazem parte do projeto CADDE, que tem apoio da FAPESP e do Medical Research Council (MRC) do Reino Unido, e desenvolve novas técnicas para monitorar epidemias em tempo real.

Os dados de genomas completos do SARS-CoV-2 dos casos de COVID-19 são essenciais para o desenvolvimento de vacinas e de testes diagnósticos. Esses dados são importantes para a compreensão da dispersão do vírus e para detectar mutações que possam alterar a evolução da doença.

O primeiro caso de COVID-19 no Brasil (BR1) teve diagnóstico molecular confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz no dia 26 de fevereiro de 2020. O caso refere-se a um paciente infectado com o vírus durante uma visita à região de Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 deste mês. O genoma completo do vírus foi disponibilizado à comunidade científica no dia 28 de fevereiro de 2020.

Uma análise preliminar da nova sequência, em conjunto com dados disponibilizados por outros pesquisadores, encontra-se disponível no Virological.org, um fórum de discussão para virologistas, epidemiologistas e especialistas em saúde publica: http://virological.org/t/first-report-of-covid-19-in-south-america/409

A figura abaixo mostra o número oficial de casos de COVID-19 confirmados na Itália pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e mostra a rapidez da resposta do grupo de pesquisa brasileiro. Grupos internacionais têm demorado em média 15 dias para gerar e submeter as suas sequências relativas a casos de COVID-19, o que destaca a relevância científica da pesquisa brasileira.


Segundo infectologista Ester Sabino, os foliões devem pensar duas vezes antes de pular o Carnaval esse ano. O coronavírus espreita

Começa nesta sexta-feira o feriadão do Carnaval, a maior festa popular do mundo, e a grande aglomeração de pessoas pelo país levanta a discussão sobre possível proliferação do coronavírus com a chegada de turistas estrangeiros, vindos de todos os continentes.

Rio de Janeiro, Recife e São Paulo já preparam planos de contingência para o Carnaval 2020, em virtude da ameaça do coronavírus. No entanto, as cidades brasileiras estão preparadas para enfrentar o vírus no período carnavalesco? Que cuidados devem ser tomados?

Segundo Ester Sabino, infectologista e professora da Faculdade de Medicina da USP, o “Carnaval realmente aumenta muito o risco de infecção.

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Instituto de Medicina Tropical auxilia Adolfo Lutz no diagnóstico do coronavírus

Parceria colabora para estudos sequenciais do vírus Covid-19 e desenvolvimento de testes para diagnóstico

A epidemia do coronavírus, recentemente nomeado de Covid-19, tem colocado todo o planeta em estado de alerta. Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical da USP, explica a complexidade da doença e como o IMT tem colaborado com o Instituto Adolfo Lutz nas pesquisas, nos diagnósticos e no combate ao vírus, que pode ter característica assintomática e alta capacidade de disseminação.

Segundo o governo chinês, já são 2 mil mortes por coronavírus e 74 mil contaminados. O vírus já se proliferou em 30 países, inclusive com mortes confirmadas na França, Japão e Filipinas. No Brasil, há agora cinco casos suspeitos. O Laboratório Estratégico e do Centro de Virologia, com auxílio do Instituto Adolfo Lutz e o IMT ,divulgou os primeiros 24 exames de suspeitos de contaminação no País, no entanto, todos deram resultado negativo.

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https://jornal.usp.br/atualidades/instituto-de-medicina-tropical-auxilia-adolfo-lutz-no-diagnostico-do-coronavirus/


Espalhar fake news sobre novo coronavírus deveria ser considerado crime

Celso Granato afirma que acreditar em boatos pode levar a tratamentos sem nenhuma eficácia, fazendo pessoas abandonarem medidas simples

Desde que iniciada a epidemia do novo coronavírus, nomeado de Covid-19, muitas fake news estão surgindo, principalmente nas redes sociais. Os boatos se espalham e causam pânico entre as pessoas, mesmo que os esforços governamentais no Exterior e no Brasil sejam de cautela para qualquer sinal de infectados. O Jornal da USP no Ar conversou com Celso Granato, pesquisador associado do Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina (FM) da USP, que alerta sobre o perigo dessa desinformação sobre doenças.

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https://jornal.usp.br/atualidades/espalhar-fake-news-sobre-novo-coronavirus-deveria-ser-considerado-crime/


Diagnóstico implantado

O surto na China do novo coronavírus (2019-nCoV) tem sido detectado exponencialmente e, até o momento, foram confirmados mais de 30.000 casos no mundo todo. Trata-se de um vírus respiratório de origem zoonótica que, em humanos, provoca sinais de resfriado, podendo evoluir, em cerca de 3 a 5% dos casos, para uma síndrome respiratória aguda grave.

Até o momento foram computados 638 casos fatais, sendo apenas um fora da China. Casos importados da China já foram identificados em 30 países e territórios, em 4 continentes e 12 países já reportaram transmissão interna.

O Instituto Adolfo Lutz, através do Laboratório Estratégico e do Centro de Virologia, com o auxílio do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, liberou os primeiros 24 resultados no país (todos negativos) para amostras de pacientes com suspeita de infecção pelo 2019-nCoV.

A identificação do novo coronavírus é realizada pela técnica de PCR em Tempo Real, segundo protocolo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, após a pesquisa por outros vírus respiratórios que podem causar sintomas parecidos.

Com o diagnóstico implantado no Instituto Adolfo Lutz, é possível identificar rapidamente a entrada do agente no país, no intuito de que sejam tomadas decisões para contenção do avanço da doença no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, assim como pelo Governo Federal.

Contato:
diretoria_geral@nullial.sp.gov.br – (11) 3068-2802


USP estuda vetores que causam doenças tropicais

O estudo é fruto do projeto Cadde e envolve o Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP e a Universidade de Oxford

O projeto Cadde ( Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus), fruto de parceria da USP com a Universidade de Oxford, tem o objetivo de desenvolver metodologias para antecipar e combater epidemias de arbovírus, particularmente em regiões grandes e muito povoadas. Os arbovírus são vírus transmitidos por artrópodes como os insetos. Os estudos são extremamente importantes, pois buscam pesquisar em detalhes os vetores que causam doenças como dengue, febre amarela, zika vírus e chikungunya – no caso, os mosquitos.

“São várias famílias diferentes dos vírus. Febre amarela, dengue, chikungunya e vírus da zika: existem mais de 200 arbovírus descritos e em torno de 40 que causam doenças em humanos”, revela Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) e coordenadora do Cadde em entrevista ao Jornal da USP no Ar.

“Nós estamos focados principalmente em febre amarela, dengue, chikungunya e zika. Por exemplo, nós vivemos nos últimos dois anos grandes epidemias de febre amarela e é importante entendermos como que o vírus está evoluindo, se está saindo da área urbana, se ele vai permanecer nas florestas da região Sudeste ou se vamos ficar um bom tempo sem ver o vírus até que ele venha novamente da região amazônica”, explica.

Utilizando uma tecnologia em desenvolvimento chamada de metagenoma, a amostra é totalmente sequenciada e se busca novos agentes. Foi exatamente essa a tecnologia utilizada na descoberta do arenavírus nesta semana, o primeiro caso em 20 anos. Inicialmente, a suspeita era de febre amarela. “O paciente [que veio a óbito] chegou no Hospital das Clínicas com quadro muito parecido com febre amarela, mas os exames diziam que ele não estava com a doença. Essa amostra entrou para um grupo que estuda hepatite e foram os primeiros a detectar o vírus no Albert Einstein e, três dias depois, a gente já tinha os dados de seu sequenciamento.”

Recentemente, surgiu a preocupação de uma epidemia do coronavírus na Ásia, mais especificamente na China, onde já chegou a 17 o número de mortos pela doença. Na terça-feira (21), veio a confirmação do primeiro caso nos EUA, após desembarque de um passageiro chinês que segue mantido em isolamento em um hospital de Seattle. A pesquisadora explica que o projeto Cadde possui tecnologia para ser usada em qualquer outro agente, inclusive o coronavírus, apesar de não ser o foco do estudo.

Leia matéria completa em:
https://jornal.usp.br/universidade/usp-estuda-vetores-que-causam-doencas-tropicais/


Coronavírus

Entrevista da Prof. Dra. Ester Sabino para a REDETV NEWS em 30/01/2020.

Veja o vídeo em:
https://youtu.be/4b-NzfzYpMg


Coronavírus

Entrevista do Prof. Dr. Celso Granato a TV Canção Nova.

Veja o vídeo em:
https://youtu.be/IXeIrIfy8bc


HANSENÍASE e LEISHMANIOSE

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HANSENÍASE
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/hanseniase-continua-em-alta-nos-bolsoes-de-pobreza-brasileiro/

LEISHMANIOSE
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/ciencias-especial-epidemias-22-01-leishmaniose-visceral-avanca-para-regioes-urbanas-do-brasil/?utm_source=estadao%3Aapp&utm_medium=home%3Atela-inicial